Joana Carneiro, maestrina na JMJ Lisboa 2023
É com um misto de sentimentos de “privilégio, gratidão e responsabilidade” que Joana Carneiro aceitou o convite para dirigir a Orquestra e o Coro da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023.
Joana Carneiro, maestrina da Orquestra e Coro da JMJ Lisboa 2023, dedica a sua vida ao trabalho com orquestras do mundo inteiro: Portugal, Espanha, Itália, Estados Unidos e Ásia. Partilha música com profissionais de todos os continentes, orquestras sinfónicas, com coro e sem coro, Óperas e também bailados. Atualmente trabalha na Ópera de Paris e tem colaborado também com a preparação do grande encontro dos jovens de todo o mundo com o Papa.
Tendo já participado em outras edições da Jornada Mundial da Juventude como peregrina, a maestrina relembrou que participar numa JMJ é “um momento muito importante da vida das pessoas jovens e não jovens”. Joana Carneiro participou, pela primeira vez, na JMJ Paris 1997 e guarda a memória “de sentir uma unidade e um sentimento de comunidade muito profundo”, referiu.
A Jornada Mundial da Juventude tem este objetivo de comunhão e partilha, de conhecer outras pessoas, de partilhar aquilo que nós somos, aquilo que nós sabemos, o que sentimos, o que rezamos, o que pensamos, o que nos aflige, com pessoas de todo o mundo
Joana Carneiro estudou e trabalhou em diversos lugares do mundo, mas confessou que “a JMJ tem um cariz também espiritual”, além da presença do Santo Padre, o que não acontece em todas as oportunidades profissionais que vão aparecendo. Esta é uma oportunidade em que se juntam “dois elementos muito importantes da minha vida: a música, que é uma grande parte do ar que eu respiro e a espiritualidade, que é uma ligação com qualquer coisa que vai muito para além de nós”, destacou.
Não querendo divulgar muito sobre o que está a ser preparado, a maestrina destapou um pouco do véu e revelou que estão a ser preparados vários momentos que vão acontecer ao longo da semana da Jornada, com a presença do Coro e da Orquestra da JMJ Lisboa 2023. Cada momento será diferente e, segundo revelou Joana Carneiro, haverá momentos em que “alguns solistas estarão presentes, o agrupamento instrumental é mais pequeno, dependendo das circunstâncias”. Além disso, ao longo da JMJ Lisboa 2023 “vai ser apresentada música de várias tradições, com vozes mais recentes, vozes do nosso mundo contemporâneo, vozes de um mundo menos contemporânea e vai ser um momento em que sentimos muito a presença da música ao longo dos tempos”, destacou.
Já no que toca à música propriamente dita, Joana Carneiro reforçou a sua importância no nosso dia a dia, destacando que “a música enriquece sempre”, tendo a “capacidade de dar uma dimensão diferente à nossa vida”, acrescentou.
A expressão «cantar é rezar duas vezes» é uma forma simples de explicar o papel da música nesta JMJ, até porque vamos cantar em várias línguas e, desta forma, vai haver um reconhecimento de pessoas de várias origens
Quanto à Orquestra da JMJ Lisboa 2023, esta é composta por músicos de várias idades, alguns profissionais do mundo da música e outros pré-profissionais, “mas já com alguma experiência no campo da música”. Acima de tudo, são “pessoas que estão interessadas em participar nesta Jornada de uma forma artística e que se inscreveram para esta ocasião”, referiu. Já o Coro é formado por várias centenas de cantores que vêm de todos os cantos do país “para se juntarem a esta grande comunidade”.
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